IA se destaca em teleconferências de balanços, diz Goldman

A fatia de companhias do S&P 500 que comentou temas relacionados à IA aumentou para 32%
Redação

A inteligência artificial (IA) continua a ser um tema frequente durante as teleconferências de resultados corporativos: a proporção de empresas que fizeram menção ao tópico aumentou na temporada de balanços do segundo trimestre, de acordo com estrategistas do Goldman Sachs.

“Enquanto os investidores continuam avaliando o impacto que os avanços recentes na IA generativa terão para os lucros e ‘valuations’, as equipes de gestão de todos os setores descreveram seus usos de IA atuais, os planos para investir mais em IA e como a atual demanda por tecnologia de IA pode beneficiar indiretamente seus negócios”, disseram estrategistas liderados por David Kostin em nota na terça-feira.

De acordo com o Goldman Sachs, a fatia de companhias do S&P 500 que comentou temas relacionados à IA aumentou para 32% durante as teleconferências de resultados do segundo trimestre, cerca de duas vezes mais do que no ano passado.

O tema já alcança áreas fora de empresas de tecnologia, das quais 80% mencionaram IA, sendo que 30% a 40% de companhias do setor imobiliário, de serviços de comunicação, financeiras, de consumo discricionário e industriais também fizeram referência ao assunto.

Ações de empresas expostas à inteligência artificial dispararam este ano, o que puxou um rali das bolsas nos EUA. Investidores reforçaram as apostas nas sete maiores ações do S&P 500 consideradas as principais beneficiárias da IA.

O desempenho foi impulsionado por uma combinação de maiores valuations e melhores fundamentos, conforme mostrado pelo salto das projeções da Nvidia no início deste ano. A empresa divulga os resultados do segundo trimestre em 23 de agosto.

Estrategistas do Goldman Sachs disseram que a adoção generalizada da IA pode elevar o crescimento dos lucros do S&P 500 no longo prazo. A equipe observou, no entanto, que ainda existe uma incerteza significativa sobre o momento e o tamanho do impacto final, dados os riscos em torno da regulamentação, impostos e taxas de juros, que podem ofuscar os ganhos.

Fonte: EXAME